sábado, 9 de maio de 2009

Collected Papers

São manuscritos de estudos peirceanos, ao todo somam 90 mil. Em resposta ao crescente interesse no pensamento de Peirce, os Collected Papers estão sendo reeditados. Originalmente organizados em 8 volumes separados, os documentos de Peirce aparecem na nova edição em quatro, dois volumes de livros cada um. O conteúdo é idêntico ao da edição original:
Volume I: Princípios da Filosofia
Volume II: Elementos de Lógica
Volume III: Lógica Exata
Volume IV: A Mais Simples Matemática
Volume V: Pragmatismo e Pragmaticismo
Volume VI: Ciência Metafísica
Volume VII: Ciência e Filosofia
Volume VIII: Comentários, Correspondência e Bibliografia http://www.hup.harvard.edu/catalog/PEICOA.html

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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Linguística – Saussure

Os dois elementos – significante e significado – constituem o signo “estão intimamente unidos e um reclama o outro”. São interdependentes e inseparáveis, pois sem significante não há significado e sem significado não existe significante. Abaixo, algumas placas apresentam textos que, acidentalmente ou não, permitem mais de uma leitura. Identificar a ambiguidade de textos concisos como os retratados pode ser um exercício interessante...

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Semioticistas Famosos

Os estudos sobre semiótica datam de 427 a.C. com Platão, mas a semiótica propriamente dita teve seu início com filósofos como John Locke (1632-1704) que, no seu Essay on human understanding, de 1690, postulou uma "doutrina dos signos" com o nome de Semeiotiké , ou com Johann Heinrich Lambert (1728-1777) que, em 1764, foi um dos primeiros filósofos a escrever um tratado específico intitulado “Semiotik.”
Charles Sanders Peirce (1839-1914)
Cientista, matemático, historiador, filósofo e lógico norte-americano, é considerado o fundador da moderna Semiótica. Graduou-se com louvor pela Universidade de Harvard em química, fez contribuições importantes no campo da Biologia, Psicologia, Matemática, Filosofia. Peirce, como diz Lúcia Santaella foi um "Leonardo das ciências modernas". Uma das marcas do pensamento peirceano é a amplição da noção de signo e, conseqüentemente, da noção de linguagem.Peirce "foi o enunciador da tese anticartesiana de que todo pensamento se dá em signos, na continuidade dos signos"; do diagrama das ciências; das categorias; do pragmatismo. Ao morrer, Peirce deixou nada menos do que 12 mil páginas publicadas e 90 mil páginas de manuscritos inéditos. Os manuscritos foram depositados na Universidade de Harvard. Apenas vinte anos mais tarde, na década de 30, surgiria a primeira publicação de textos reunidos nos seis volumes dos Collected Papers. Infelizmente, grande parte dos textos aí reunidos restringiu-se a escritos que Peirce já publicara em vida. Nos anos 50, foram acrescentados os volumes 7 e 8 aos Collected Papers, nos quais aparecem temas adicionais. Em 1976, sob direção de Max Fisch, estabeleceu-se na Universidade de Indiana, com sede em Indianápolis, o Peirce Edition Project com ajuda financeira do National Endowment for the Humanities, para a publicação de escritos cronológicos de Peirce em 35 volumes, tarefa que ainda hoje não foi terminada.
Ferdinand de Saussure (1857-1913)
Considerado pai da semiologia, por ser o primeiro autor a criar essa designação e a designar o seu objeto de estudo. Segundo este: “a singular entidade psíquica de duas faces que cria uma relação entre um conceito (o significado) e uma imagem acústica (o significante) - conduz à necessidade de conceber uma ciência que estude a vida dos sinais no seio da vida social, envolvendo parte da psicologia social e, por conseguinte, da psicologia geral. Chamar-lhe-emos semiologia. Estudaria aquilo em que consistem os signos, que leis os regem.” Divide os signos em dois tipos: os que são relativamente motivados (a onomatopéia, que em Peirce corresponde aos ícones), e os arbitrários, em que não há motivação. Leia-se que esta motivação é a tal relação que Peirce faz entre representação e objeto e que, na visão de Saussure, parece não fazer sentido. Esta visão pode ser tida como visão de face dual. Para Saussure, existem assim dois tipos de relações no signo:
1) as relações sintagmáticas, as da linguagem, da fala, a relação fluida, no discurso ou na palavra (parole), cada signo mantém em associação com o signo que está antes e com o signo que está depois, no eixo horizontal, relações de contextualização e de presença (ex: abrir uma janela, em casa ou no computador)
2) as relações paradigmáticas, as relações associativas, no eixo vertical em ausência, reportando-se à língua (ex: associarmos a palavra mãe a um determinado conceito de origem, carinho, ternura, amor, etc.), que é um registro semântico, estável, na memória coletiva.
Louis Hjelmslev (1899-1965)
Nascido em Copenhague, foi um linguista dinamarquês. Hjelmslev complexifica os conceitos utilizados por Saussure. Segundo ele, e por uma questão de clareza, a expressão deverá substituir o termo saussureano de significante, assim como o conteúdo deve substituir o de significado. Tanto a expressão como o conteúdo possuem dois aspectos, a forma e a substância - que em Saussure são por vezes confundidos com significante e significado. Os signos são por isso, para Hjelmslev, constituídos por quatro elementos e não dois, como propunha Saussure.
Umberto Eco (1932)
Além de ser um dos que tentaram resumir de forma mais coerente todo o conhecimento anterior, procurando dissipar dúvidas e unir idéias semelhantes expostas de formas diferentes, introduz novos conceitos relativamente aos tipos de signos que considera existir. São os diagramas, signos que representam relações abstratas, tais como fórmulas lógicas, químicas e algébricas; os emblemas, figuras a que associamos conceitos (ex: cruz - cristianismo); os desenhos, correspondentes aos ícones e às inferências naturais, os índices de Peirce; as equivalências arbitrárias, símbolos em Pierce e, por fim, os sinais, como por exemplo o código da estrada, que sendo indícios, se baseiam num código ao qual estão associados um conjunto de conceitos.

Outros Teóricos da Semiótica

Roman Jakobson

Charles Morris

Algirdas Greimas

Claude Lévi-Strauss

Décio Pignatari

Jacques Derrida

Lucia Santaella

Yuri Lotman

Roland Barthes

Vilém Flusser

Nöth, W.(1985/1995). Handbook of Semiotics. Bloomington e Indianapolis: Indiana University Press. Tradução de: Handbuch der Semiotik. Nöth, W. (1995). Panorama da Semiótica: de Platão a Peirce. São Paulo: Annablume. Santaella, L. (1999). O estado da arte dos estudos sobre Peirce: um breve panorama. In Machado, F.R. (org.) Caderno da 2ª Jornada do Centro de Estudos Peirceanos. Editado pelo CENEPE-COS/PUC-SP. Louis Hjelmslev. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2009. tamanduadesign.com.br

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Semiótica no Brasil

Primeiramente, no Brasil, foram desenvolvidos estudos lingüísticos, cujo maior representante seria Joaquim Mattoso Câmara Jr.. Assim, por essa via, as idéias saussureanas foram divulgadas antes das peircianas. Desde o início da década de 1970, há mais de trinta anos, a obra do norte-americano Charles Sanders Peirce, cientista, lógico, filósofo e criador da moderna ciência semiótica, vem sendo estudada na PUC de São Paulo. O pensamento de Peirce não entrou nessa universidade pela via da lógica, nem pela via da filosofia, mas pela via da semiótica. Naquela época, o atual programa de pós-graduação em Comunicação e Semiótica se chamava Teoria Literária. Foi nas aulas de Haroldo de Campos e Décio Pignatari, primeiros professores do programa de Teoria Literária, que a teoria dos signos de Peirce começou a ser interpretada no Brasil.
Santaella, L. (1997). Estudos de Peirce no COS/PUCSP. In Laurentiz, S. (org.) Caderno da 1ª Jornada do Centro de Estudos Peirceanos. Editado pelo CENEP-COS/PUC-SP.

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